Aparecida do Taboado

Sefaz-MS apreende R$ 22,6 milhões em joias com nota fiscal irregular

Carga de luxo era transportada de São Paulo para Cuiabá e foi interceptada em Aparecida do Taboado; multa de R$ 5 milhões foi aplicada e itens estão retidos em Campo Grande.

Por Mauro Silva10/10/2025 às 18:26

Posto Fiscal Itamarati, em Aparecida do Taboado (Foto: Nestor Júnior)

Durante uma fiscalização de rotina no Posto Fiscal Itamarati, em Aparecida do Taboado, uma equipe da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul (Sefaz-MS) apreendeu joias avaliadas em R$ 22,6 milhões, que estavam sendo transportadas com documentação considerada irregular.

A apreensão ocorreu no dia 2 de outubro (quinta-feira) por volta do meio-dia, quando um veículo Toyota SW4, com dois ocupantes, foi abordado.

De acordo com Bruno Bastos, superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, a nota fiscal apresentada indicava que as joias seriam destinadas a uma exposição em Cuiabá (MT). No entanto, a documentação levantou suspeitas por conter valores incompatíveis com os itens transportados. “Eram peças exclusivas, personalizadas, e a nota para exposição era muito menor, menos de 10% do valor real da carga”, destacou Bastos. Algumas joias tinham valor individual de até R$ 600 mil.

A carga seria de propriedade de uma relojoaria de alto padrão, cuja identidade não foi revelada.
Segundo a Sefaz-MS, o confronto entre as informações da nota fiscal e o relato dos ocupantes do veículo indicou que o material provavelmente seria usado para comercialização — o que exige o recolhimento de tributos específicos.

Após a apreensão, as joias foram escoltadas até Campo Grande, onde foram armazenadas em um cofre seguro mantido pela Sefaz-MS para itens de alto valor. Já o veículo e os dois ocupantes foram liberados.

Agora, o proprietário da carga tem até 60 dias para apresentar a declaração de posse e efetuar o pagamento da multa, estipulada em R$ 5 milhões. Caso contrário, as joias poderão ser levadas a leilão. Existe também a possibilidade de contestação judicial da apreensão.

Embora o caso esteja sendo tratado como infração administrativa, a Sefaz-MS não descarta encaminhar o caso ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), caso surjam indícios de crime de sonegação fiscal.

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